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DIA A DIA DE UMA FAMÍLIA QUE ECONOMIZA ÁGUA

Augusto Economia é casado com Maria Economia há 20 anos. Eles tem dois filhos, João Economia e Ana Economia. Moradores do mesmo endereço há 15  anos, orgulham-se da fama adquirida entre os vizinhos de mais responsáveis consumidores de água da rua e, provavelmente, do bairro. “São as pequenas ações do dia a dia que permitem economizarmos recursos, sejam eles água ou mesmo dinheiro. Economizar água é preservar  um recurso essencial para a vida de qualquer pessoa”, afirmou o orgulhoso Sr. Augusto Economia, em entrevista a um jornalista local. Os métodos da família para economizar água viraram matéria de um jornal do bairro e agora inspiram várias famílias a fazerem o mesmo: consumir a água de maneira consciente.

Ao acordar para o trabalho, Augusto Economia escova os dentes utilizando um copo de plástico para captar a água da torneira e levá-la à boca. O método de fazer uma concha com as mãos foi abolido há anos, pois a perda de água é grande. Estima-se que uma escovação de 5 minutos com o uso da torneira consome 80 litros de água, entre a utilizada para o enxágue e a desperdiçada. Em compensação, a técnica do copinho consome mais ou menos 1 litro. O hábito foi rapidamente adotado por toda a família.

O banho matinal também tem hábitos sustentáveis. Maria Economia proibiu que o chuveiro seja ligado na máxima velocidade, de forma que todos utilizem apenas a água suficiente. Inclusive, todos garantem que desligam o chuveiro ao se ensaboarem. Um banho de cinco minutos com esses procedimentos consome aproximadamente 50 litros de água. Sem fechar o chuveiro enquanto se ensaboa, o consumo sobe para 135 litros.

Dona Maria Economia lava a louça do café da manhã com o uso de uma bacia, de forma a reaproveitar a água utilizada para o enxágue dos pratos e recipientes maiores no enxágue de talheres e copos. Quando a água fica cheio de sabão, sendo insuficiente para um enxágue completo, usa-se a água da torneira. De qualquer forma, o uso da água “ensaboada” faz com que menos água corrente seja utilizada, o que garante uma economia considerável. O procedimento é repetido ao lavar a louça do almoço e do jantar.

Ao chegarem na escola, Ana e João enchem suas garrafas no bebedouro toda vez que precisam de água. Além disso, deixam uma caneca em suas salas para o caso de esquecerem as garrafas em casa e, assim, evitam o uso de copos descartáveis. Essa prática foi bastante elogiada por seus professores e despertou o interesse dos demais alunos, que passaram a imitá-los, popularizando esse costume em todo o colégio. Como resultado, o consumo de copos plásticos na escola caiu 70%. O pai, Agusto Economia, gostou da ideia dos filhos e passou a fazer o mesmo em seu trabalho. O hábito ganha mais adeptos a cada dia, o que o motiva Augusto a incentivar mais e mais colegas de trabalho. Além de o plástico ser um dos principais componentes da poluição de rios e lagos, a própria fabricação dos copinhos – como qualquer outro produto que consumimos – gasta água.

Quando voltam do colégio, Ana e João repetem o mesmo procedimento do banho matinal, além de utilizarem o mesmo copo todas as vezes em que bebem água, evitando o acúmulo de louça para Dona Maria Economia. “Menos trabalho para mamãe e menos água gasta”, costuma dizer Ana. Afinal, para lavar um copo de água são necessários outros dois.

Toda a água utilizada por Dona Maria Economia para lavar a roupa é armazenada em baldes e aproveitada para as demais atividades domésticas, como lavar o quintal e os demais cômodos da casa, limpar os móveis etc. Quando vai lavar o carro, Sr. Augusto Economia utiliza o máximo possível a água que sobra da máquina de lavar, pois Dona Maria se lembra disso e guarda parte dela para o marido. Caso tenha que usar água da torneira do quintal, Augusto não utiliza em hipótese alguma a mangueira, pois esta desperdiça muita água. Como pode ser observado, economizar água é uma questão de hábito. Pequenas ações como essas não exigem muito esforço, mas poupam centenas de litros de uma família. Se cada domicílio se preocupar em aproveitar de forma racional a água, não serão necessários racionamentos e cortes no abastecimento. Tenha em mente que a sua preocupação com a economia beneficia você, os seus vizinhos e toda a população de sua cidade.